Poesia! A minha arte de recriar!

O coração alimenta ideais alegres paixões contradições e sensações fenomenais! O coração é o mastro que sustenta a vela do navio da vida ora suve e bela ora meia perdida. O tic-tac do coração quantas vezes descompassado guarda com precisão a nossa história, o nosso fado. Ás vezes o coração apertado cheio de dor, tão desvairado transforma-se em coração de leão atacando todos com ou sem razão até que uma voz doce e meiga vinda do fundo do coração o transforma em coração de manteiga. O coração é uma estrela que reluz a toda a hora e nos conduz pela vida fora fala, vê e pensa com o coração, mas atenção pede sempre ajuda à razão porque senão...

Cor azulada Da tarde ensolarada. Cor imaculada No reino de fada encantada. Cor das conquistas Dos grandes futebolistas. Cor do rio das minhas lágrimas. Lágrimas bravias, Frias, cansadas De tanto correr. Á espera de pequenos nadas Que me façam renascer! Azul-marinho Que faz florescer o mar. Azul-esverdeado Que tranforma teu triste fado Em sereia perfeita, Maravilhosa, deslumbrante Sempre à espreita Sempre a tentar seduzir seu amante. É a estrela do reino de Neptuno. E nos finos dedos Descansam mais aneis que os de Saturno Daqueles que juraram amá-la Neste e no outro mundo!

Não sei o que virá Não sei o que serei Sei que já enfrentei As profundezas do oceano Ondas gigantes Cheias de dano. Por vezes a bruma Encurta os horizontes Rouba os sonhos de menina E amaldiçoa nossa sina. Mas... a determinação Tem de ser mais forte que os montes Mais verde que a campina. Não caias no engano Da ilusão que desafina A harmonia do piano.

No mundo, a falsidade A arrogância e a tirania São uma teia Que nos enleia E nos reduz à agonia. Quem manda é o povo? Não! São os barões Os endinheirados Que ganham milhões Com os coitados. São piratas Disfarçados de aristocratas! Fomentam a competição Aparentam solidariedade Mas no seu coração Não há boa vontade! São piratas Disfarçados de aristocratas! A ganância corrompe Toda a vida se some Já não há paciência Para tanta subserviência.

Uma história bem singela Uma rapariga, uma caravela Que deita sonhos ao luar Quer ser bailarina Ou cantora Ou marinheira De alto mar. Mas na sua dura realidade Há nevoeiro e tempestades É pobre e desempregada Sente que a sua vida Não vale nada! Uma história bem catita Um rapaz cheio de guita Gasta potes de ouro Em carros e futilidades Só diz banalidades Mas acha-se superior Pensa que é o maior! O seu maior desejo é a próxima saída Para se encharcar na bebida. Trabalhar não é o seu lema Ser feliz o seu dilema. Que futuro para estas personagens? Uma pobre e sonhadora Outra rica e gastadora. Mas a vida tropeça Nas malhas do destino E em qualquer hora Faz o pino. Juntos, escrevem um hino Um hino de Amor Beijam-se E das suas bocas Nascem flores escarlates, Suaves, ardentes E de cada flor nasce sementes Que povoam o Universo. E bem unidos, entrelaçados Escrevem páginas Cheias de sonhos realizados.       ...

No campo Tudo tem mais cor O sol brilha com mais intensidade. Os lavradores são fonte de inspiração Do que semeiam Mais que trigo ou centeio Nasce uma canção Um hino à Natureza Transformado em pão á tua mesa. No campo há verdura Há esperança Há partilha de uma herança Há brilho no olhar das crianças Há oxigenio e ar puro Que renova a alma. E á noite Das estrelas Nasce o magnífico luar Que te faz adorar este lugar.                                 Carina Costa