Poesia! A minha arte de recriar!

        Sete da manhã, apanho o metro         É obeso e moreno o maquinista         Na carruagem paira um silêncio aberto         Apenas um jovem que lê uma revista.         Vejo, claramente é “literatura” de futebóis         Na capa brilha o grande artista         Cristiano Ronaldo o rei dos heróis.         Na paisagem furtiva         Embalada pelo som da locomotiva         Vão surgindo modernos tractores         Conduzidos por velhos lavradores.            Até ao Porto uma hora de viagem        ...

O Amor! O que é o Amor? O Amor é como uma vela Quando se acaba a cera E se consome o pavio A vida já era Resta a noite e o frio. O Amor é como um vulcão Ora está adormecido Ora em erupção. Ora procura sentido Ora transborda de emoção. O Amor é como uma árvore de Natal Cheia de luzes e bolas Mas a época festiva passada Daquela árvore enfeitada Resta cinza e mais nada. O Amor! O que é o Amor? Para alguns uma noite na discoteca É levar uma queca É beber até cair É curtir do melhor. Mas, o que é de facto o Amor?                                            CC                    

Abro o coração Olho em redor Uns com tão pouco Outros só com o melhor. Para alguns são milhões Para a maioria só tostões. Uns tem o Sol da vida Vivem iluminados pelo Ouro Outros mergulhados na escuridão Esperando que a lua lhes mude o destino Lhes traga de volta os sonhos de menino. Para uns a vida é um hino Para outros uma canção de injustiça. Para alguns é uma história de cinderela Para muitos um barco sem vela. Mas como é Natal Há sempre um sinal De esperança no ar.                                  CC

Querem que, sejamos máquinas. Robots, automatos, marionetes. Para que lhes façamos os fretes. Querem que sejamos carneiros. Com sentido do dever. Para que se governem a seu bel-prazer . Querem que sejamos cães selvagens. Que se degladiam por um osso Para que possam saborear caviar Ao jantar e ao pequeno-almoço. Querem que trabalhemos como escravos. Reduzam as férias. Cortem nos ordenados. Ordena a Merkel e seus criados. Com esta Troika Estamos todos tramados. Austeridade! Austeridade. Cortes na Sáude e na Educação. Reduzem-nos à pobreza À tirania, á servidão. E com toda esta " limpeza" Se destrói uma Nação!                                  CC .

Não sou heroína Nem sou valdevina Não sou popular Nem totalmente indescoberta Não sou prepotente Nem totalmente inocente Não sou genial Mas também não sou banal Não compreendo tudo Mas sou incomprendida Bem! O que posso fazer? É assim a vida.                                         CC

Eu adoro a poesia Ela melhora o dia A poesia é música Música com sentimento Sentimento profundo E no fundo Tudo é melodia Às vezes grave Outras vezes aguda Muitas vezes andante E por vezes scarlatto. A vida é sinfonia Nem sempre apaixonante Porque alguns energúmenos Estragam-te o dia Num instante. Mas tens de resistir Há campos a florir Há o sol a brilhar Vale a pena sorrir Vale a pena amar.                                  CC

Gostava de conhecer O mundo do submundo Bairros e meninas Com mt lata Não sei se ia chorar à farta Não sei se ia encontrar Amor ou traição Se crime ou ganha-pão Fazemos o que não queremos Para sobreviver Mas com tudo devemos aprender.                                                               CC